Dentre as mudanças em pauta, está autorização de uso de mel e frutas.
Instrução normativa
definirá padrão da bebida no Brasil e no Mercosul.
Regras possibilitariam
inclusão de mel, chocolate e especiarias na receita original (Foto: AFP)
O governo pretende revisar as
exigências legais e os padrões para a produção de cerveja no Brasil. Técnicos
do Ministério da Agricultura se reúnem na terça e quarta-feira, 20 e 21, com o
setor privado para discutir uma proposta de instrução normativa que definirá o
padrão de cerveja no Brasil e no Mercosul.
A reunião será no auditório da
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília (DF).
Dos pontos que serão discutidos se
destacam a possibilidade de utilização de produtos de origem animal (leite e
mel), além de ingredientes como frutas, chocolate, ervas, vegetais e flores no
processo de elaboração de cerveja.
Representantes da indústria
cervejeira também defendem a alteração dos limites de proporção de cereais não
maltados – como arroz e milho – no processo de elaboração da bebida.
Em reunião realizada em janeiro com
o setor, discutiu-se também o uso de álcool na fortificação da cerveja e a
liberação ou não do uso de outros ingredientes de amargor, além do lúpulo.
Atualmente, para ser considerada
cerveja, a bebida precisa ter, no mínimo, 55% de cevada maltada e adição de
lúpulo na fórmula. Além disso, é proibido adição de produtos de origem animal.
Segundo representantes do setor, a
autorização do uso de novos ingredientes e processos produtivos podem dar maior
competitividade ao setor nacional diante da entrada das importadas que não
estariam sujeitas ao mesmo padrão de produção. A nova instrução normativa
favoreceria também a expansão de cervejarias artesanais, cuja produção mais
versátil encontra atualmente barreiras na rigidez da legislação atual.
Em nota, a Associação Brasileira de
Bebidas (Abrabe) afirma que existe "consenso setorial na maioria dos
pontos" que integram o processo de revisão do padrão dos produtos de
cervejarias e diz que a entidade "trabalha para alcançar maior sinergia
entre as diferentes expectativas do setor, refletindo cada vez mais em
melhorias na qualidade oferecida aos consumidores brasileiros e de outros
países".
Do G1, em São Paulo
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