Pela décima semana consecutiva,
analistas do mercado financeiro revisaram para baixo suas projeções para a
expansão do Produto Interno Bruto.
Para o curto prazo, os analistas revisaram de forma significativa suas estimativas para o IPCA de julho, que passou de 0,20% para 0,05%. Há um mês, a mediana para esta projeção estava em 0,25%. No caso de agosto, a mediana das previsões seguiu em 0,30%, como já constava na semana passada e um mês atrás.
Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 6,02% como era esperado uma semana antes - quatro semanas atrás, a mediana estava em 6,09%. No caso de 2014, esse mesmo grupo mudou a projeção para a inflação de 6,30% para 5,97% ante 6,05% vista há um mês.
Já no caso da mediana das estimativas suavizadas à frente para o IPCA acumulado em 12 meses, a Focus revelou uma expectativa maior para a inflação, passando de 5,68% para 5,78%. Há quatro semanas, estava em 5,66%.
Expansão do PIB
Pela décima semana consecutiva, analistas do mercado financeiro revisaram para baixo suas projeções para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano. De acordo com o levantamento, a atividade brasileira crescerá 2,28% em 2013. Na pesquisa anterior, a projeção era de uma expansão de 2,31% e, na de quatro semanas atrás, de 2,46%.
Também caiu a estimativa para o crescimento da produção industrial deste ano. Segundo a Focus, o setor deve ter expansão de 2,10% em 2013, e não mais de 2,23% como esperavam na pesquisa anterior ou de 2,56% no levantamento feito um mês atrás.
Para 2014, o quadro é semelhante. Os economistas revisaram de 2,80% para 2,60% a mediana das previsões para o crescimento do País, que há um mês era aguardado em 3,10%. A expectativa para a expansão do setor manufatureiro no ano que vem é de 3,00%, como era previsto no levantamento anterior. Quatro semanas atrás, a mediana das estimativas para a indústria era de um crescimento de 3,10%.
Selic
Os analistas do mercado financeiro também revisaram para baixo as estimativas para a taxa básica de juros em 2014. A mediana para a Selic ao final do ano que vem passou de 9,50% para 9,38%. Há um mês, a taxa estava em 9,00% ao ano. Apesar disso, a taxa média esperada para 2014 passou de 9,25% para 9,28% - quatro semanas atrás estava em 9,00%.
Para 2013, a Focus revelou estabilidade das previsões para a condução da política monetária. A mediana das expectativas para a Selic deste ano seguiu em 9,25% ao ano ante taxa de 9,00% vista quatro semanas atrás. Na média deste ano, segundo esses profissionais, os juros ficarão em 8,25% ao ano, como era aguardado uma semana antes, mas acima dos 8,19% esperados um mês atrás.
Câmbio
A mediana das previsões para a taxa de câmbio subiu em quase todos os períodos. Para o fim deste ano, a estimativa passou de R$ 2,20 para R$ 2,24 - um mês atrás estava em R$ 2,13. Com isso, a taxa média de câmbio ao longo de 2013 subiu de R$ 2,13 da semana passada para R$ 2,14 agora. Um mês atrás, a previsão para o dólar médio deste ano era de R$ 2,09. No caso de 2014, a taxa aguardada para o fim do período seguiu em R$ 2,30, como o projetado na semana anterior - um mês atrás estava em R$ 2,20. Mesmo assim, subiu a mediana das estimativas para o câmbio médio no ano que vem, de R$ 2,23 para R$ 2,25. Um mês antes, estava em R$ 2,15.
Superávit
A mediana das estimativas do mercado para o superávit da balança comercial definhou mais um pouco. A projeção passou de um saldo positivo de US$ 6,00 bilhões para US$ 5,85 bilhões. Vale lembrar que um mês atrás a mediana para este indicador estava em US$ 6,50 bilhões.
Para 2014, porém, houve estabilidade das projeções, que se mantiveram em um superávit de US$ 8 bilhões, mesmo saldo apontado há uma semana e também um mês antes.
No caso da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a taxa aguardada pelo mercado não sofreu alteração nem em relação a este ano, mantendo-se em 35,00% pela décima semana seguida, nem para 2014, que seguiu em 34,90%. Neste caso, houve uma mudança apenas em relação ao aguardado um mês atrás, taxa de 35,00%.
Também foi vista pouca mudança nas expectativas para o déficit em conta corrente. Para 2013, a mediana das previsões continuou negativa em US$ 75 bilhões, como aguardado na semana passada. Quatro semanas atrás, a previsão era de um rombo de US$ 73,76 bilhões. Para 2014, a mediana foi ajustada de US$ 78,95 bilhões para US$ 80 bilhões de uma semana para outra. Um mês antes, estava em US$ 79,00 bilhões.
Já a expectativa para o financiamento desse saldo negativo se manteve estável, conforme a Focus. A mediana das projeções para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) continuou em US$ 60 bilhões para este ano, como já é aguardado há 32 semanas. Para 2014, a expectativa é desse mesmo saldo há 49 semanas.
IGP-DI
A exemplo do índice oficial de inflação, a mediana das projeções de analistas do mercado financeiro para o IGP-DI de 2013 caiu de 4,96% para 4,94%. A taxa é mais baixa que a de 4,96% apontada na semana anterior e mais alta que a de 4,72% vista um mês antes no mesmo documento.
Pelo levantamento, porém, houve estabilidade da mediana das projeções para o IGP-DI de 2014, que prosseguiu em 5,50%. Quatro semanas atrás, porém, esse indicador estava em 5,20%.
Para o IGP-M de 2013, os analistas também não mudaram a perspectiva de uma alta de 5,00% este ano, como já era aguardado uma semana antes. Um mês atrás, a projeção mediana era de 4,58%. Para 2014, no entanto, as estimativas seguem em tendência de elevação há quatro semanas, quando a mediana estava em 5,23%. Passou para 5,47% na semana passada e agora está em 5,50%.
Mesmo com a mudança apresentada na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado manteve as expectativas para o comportamento dos preços administrados. Para este ano, a taxa seguiu em 2,00% como apontava o levantamento anterior - há um mês estava em 2,65%. Para 2014, a taxa prosseguiu em 4,20%, como na semana e mês anterior.
Para o IPC da Fipe de 2013, a mediana das previsões do mercado passou de 4,68% para 4,57% na Focus divulgada esta manhã - quatro semanas atrás, a mediana para este indicador estava em 4,98%. Já no caso de 2014, a mediana disparou de 5,04% para 5,35% de uma semana para outra. A alta fica ainda mais evidente quando se olha a taxa aguardada um mês atrás para o ano que vem, de 5,00%.
Do Estadão em 22 de julho de 2013 |
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