Initiation Agribussiness -
Renato Antunes e Paulo Valaci iniciaram cobertura do setor de agribusiness, abrangendo as duas empresas líderes dentre as listadas SLC Agrícola (SLCE3; OW; YE14 TP 26) e Vanguarda Agro [V-Agro] (VAGR3; OW; YE14 TP 5,3). Acreditamos que, apesar dos desafios da volatilidade de margens presente na produção de commodities agrícolas, o setor apresenta algumas das melhores oportunidades de investimento num horizonte de médio/longo prazo: (i) menos exposto às questões políticas que vêm afetando as ações brasileiras; (ii) exposto ao próximo ciclo de crescimento de China (consumo vs. investimentos); e (iii) com upside significativo caso as empresas adotem uma postura mais agressiva com relação aos seus portfolios de terras. Dentre as Cias cobertas, a SLC é referência mundial na produtividade de soja, milho e algodão, com gestão reconhecida pelo mercado. Na V-Agro, adotamos uma postura cautelosa entre o otimismo do management e o ceticismo exagerado do mercado quanto à questão de melhora de produtividade (só para o farming, calculamos BRL 4,2/ação - 14% de upside). Preferimos exposição à V-Agro do que SLC. A estrutura acionária mais ágil combinada com o novo management apoia as perspectivas de transformação. Com ambas as empresas, vemos a criação de valor através da terra, com esta deixando de ser vista como um ativo fixo para tornar-se o estoque servindo a um ciclo de negócio mais longo. O relatório anexo traz uma análise detalhada dos drivers do setor e suas perspectivas.
* BRML3 (OW; YE14 TP 30) -
A BR Malls publicou ontem oas prévias operacionais do 2Q13. SSS veio em 6,2% (contra 7% no 2Q12), SSR ficou em 8,3% (contra 8,1% no 2Q12 e nossa expectativa de 7,0%) e a ocupação nos shoppings se manteve em 98%. Em nossa visão, o destaque desse resultado operacional foi a percepção de que o desempenho da empresa não desacelerou tanto quanto nós (e alguns investidores) estávamos esperando. Vemos o resultado como neutro e mantemos nosso OW na ação.
* Varejo -
Os números da prévia operacional da BR Malls (OW; TP 30), na visão do Guilherme, acrescentam mais um questionamento ao backdrop do setor de varejo. As varejistas, que incluem nomes como Lojas Renner (LREN3; EW; TP 82), Marisa (AMAR3; OW, TP 38), Riachuelo / Guararapes (GUAR3, EW; TP 121), Lojas Americanas (LAME4, not rated) e Magazine Luiza (MGLU3, not rated) underperformaram a inflação em SSS crescendo 4,1% YoY. Em nossa opinião, este é mais um ponto estatístico que mostra a grande desaceleração das vendas no varejo, além do SSS negativo da Hering no 2Q13 (a primeiro a divulgar os números do trimestre). A partir de agora, podemos esperar um "mid-to-low-single digit range" para as varejistas de vestuário, anulando as perspectivas melhores do 1Q13. A BR Malls se destaca como a maior empresa de shoppings, com 51 unidades em todo o país, portanto, é uma boa proxy para as perspectivas das varejistas. Por outro lado, grande parte desta piora já foi precificada, dados que as varejistas já perderam aprox. 29% YTD. Com a alta da taxa de jusros, as perspectivas de um crescimento mais relevante para o varejo tornam-se menos óbvias e o ambiente da segunda metade do 2Q13 deve acionar cortes nas estimativas da indústria para os trimestres seguintes.
* Aço I -
De acordo com o Estadão, a presidente Dilma vetou a extensão dos benefícios fiscais do programa Reintegra após 2013. O programa Reintegra concedia créditos tributários no montante de 3% das receitas de exportação e é válido ao longo de 2013. O programa foi previsto para ser estendido para 2014 ao final do ano pela MP 610, mas teria sido vetada pela presidente Dilma. O impacto no NPV de tal medida é relativamente pequeno - Usiminas (UW) deve ser a empresa mais afetada negativamente, com créditos tributários no valor de BRL 86 milhões em relação ao ano passado (cerca de 5% do EBITDA esperado em 2013). Mais importante, acreditamos que o fim deste incentivo fiscal representa uma mensagem longe de amigável por parte do governo para o setor: com a recente desvalorização do real, o medidas do governo anteriormente implementadas para apoiar o setor podem ser canceladas devido a preocupações fiscais. Mantemos nossa visão cautelosa sobre as siderúrgicas domésticas. Como uma heads up, a inclusão potencial dos fabricantes de celulose no programa fiscal Reintegra foi visto como um trigger positivo para o setor.
* Aço II -
Ontem, o INDA informou as estatísticas para o mês de junho. Os números mostram uma relação de estoques-vendas (I/S) de 3,2x, de 2,9x em maio (média histórica de 3x). Lembrando que os estoques, quando medidos em termos absolutos, foram subindo nos últimos sete meses e está se encontram em seu nível mais alto desde meados de 2011. As vendas ficaram flat YoY e -1,3% MoM (base diária). Para julho, o INDA projeta o I/S em 3,0x, com vendas subindo 10% MoM (em uma base diária, as cairiam 4% MoM). Em nossa opinião, apesar dos dados recentes de demanda de aços planos terem sido relativamente fortes, alguma cautela é justificada diante dos estoques excessivos e indicadores de atividade preliminares fracos para julho (confiança da indústria e as vendas de veículos).
* Celulose -
O FOEX divulgou o seu relatório semanal sobre os mercados de papel e celulose. Preço lista da fibra curta na Europa continuou sua tendência de queda (quinta semana consecutiva), agora em USD 806,5/ton (-1,7% dos picos). De acordo com o Foex, os preços mais baixos são resultado principalmente de pressões dos compradores. Amanhã, a Fibria deve divulgar seus resultados do 2Q13. Nossas principais estimativas incluem: (i) receita líquida de BRL 1,52 bi (+5% QoQ), (ii) EBITDA de BRL 619 mn (+13% YoY), e (iii) um prejuízo líquido de BRL 352 mn (impactos negativos não caixa do câmbio na dívida e da sua recente oferta pública de aquisição da dívida). Estamos relativamente em linha com o consenso, e acreditamos que o mercado deve questionar estratégias de alavancagem da Fibria e melhorias de custo. Mantemos nossa visão cautelosa para o setor, pois acreditamos que os investidores podem estar excessivamente otimistas sobre a sustentabilidade de preços de celulose. Ao longo dos últimos 10 anos, os preços da celulose em reais têm permanecido inalterados, o que o Renato não acha ser uma coincidência de variáveis aleatórias.
* MMXM11 (OW; YE14 3) -
Artigo plubicado no Valor hoje menciona expectativas de que grupos empresariais locais, principalmente siderúrgicas, devem se articular para disputar a compra do Porto Sudeste da MMX. O movimento tentaria evitar a entrada de players internacionais como a Glencore e Trafigura, que já mostraram interesse no porto. Entre os players locais, Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal estão entre os possíveis candidatos, e a inclusão da MRS Logistica com um stake menor também não é descartada. Os detalhes sobre os termos e o timeframe não foram divulgados. Se a operação for confirmada, vemos como positiva para a MMX. Admitimos que erramos na nossa visão otimista sobre MMXM3 e MMXM11 (OW) ultimamente. Entretanto, olhando daqui para frente, nós ainda enxergamos valor suficiente no Porto Sudeste para continuarmos com Overweight na ação.
* LOGN3 (EW, YE13 BRL 7.9) -
Cia anunciou ontem que adicionou um novo navio afretado à sua frota - chamado ANGOL - com capacidade para 2800 TEUs, que deve substituir o Log-In Pantanal de 1700 TEUs na sua principal rota, 'Atlantico Sul'. Já o Log-In Pantanal deverá ser revertido para o serviço 'Costa Norte', focado em atender a demanda do setor de alumínio nos estados do norte (principalmente Pará). De maneira geral, o evento não é trigger, porém pode ser considerado uma indicação positiva a medida que a Log-In está enxergando um mercado com demanda favorável para cabotagem já neste momento, acelerando os seus planos de mudança de frota para navios maiores e mais eficientes, que está previsto para ser concluído em 2015.
INFORMAÇÕES da Brasil Plural CCTVM
Nenhum comentário:
Postar um comentário