sexta-feira, 9 de maio de 2014

Londres é sondada para substituir Rio nas Olimpíadas de 2016

Segundos jornal britânico, dirigentes do COI estariam em busca de um plano B diante dos atrasos nos preparativos do Rio. Mas chances de mudanças são “infinitamente pequenas”

Marco Prates, de Exame.com

   Stu Forster/Getty Images
Ônibus atravessa ponte com símbolo das Olimpíadas em Newcastle, Inglaterra
Ponte inglesa com símbolo das Olimpíadas, em 2012: rumores de que país, bem sucedido na edição de 2012, poderia ser o plano B do COI.

·         São Paulo – Membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) procuraram autoridades de Londres para saber se a cidade poderia assumir mais uma Olimpíada devido aos atrasos na preparação da edição 2016 por parte do Rio de Janeiro.
"Numa fase comparável de planejamento, em 2004 Atenas tinha feito 40% dos preparativos de infraestrutura, estádios e assim por diante. Londres tinha 60%. O Brasil fez 10% - e eles têm apenas dois anos de sobra. Então, o COI está pensando, 'qual é o nosso plano B’?”, teria afirmado uma fonte ao jornal.
A mudança, tida na própria reportagem como “improvável”, surge logo após as críticas do vice-presidente do COI, John Coates.
Há menos de duas semanas, ele disse que os preparativos do Brasil para os Jogos de 2016 são "os piores" que ele já viu. Na ocasião, no entanto, Coates afirmou que não havia plano B.
Um dos organizadores que trabalhou com as Olimpíadas de 2012, Will Glendinning, afirmou ao Evening Standard que Londres teria tempo de se recompor para mais uma edição.
Na cidade, porém, vários dos palcos dos últimos jogos já foram transformados em arenas de acesso público. A vila onde ficaram hospedados os atletas, por exemplo, já tem moradores.
A questão é saber se a informação que está sendo replicada na imprensa britânica é real ou se aparece apenas para fazer o Rio correr com os preparativos.Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada hoje, Michael Payne, que esteve entre os diretores do COI por cerca de duas décadas e hoje é consultor, disse que o comitê vive uma crise.
“É, inquestionavelmente, e de longe, a organização mais atrasada entre todas as (Olimpíadas) anteriores. O COI enfrenta atualmente sua pior crise operacional nos últimos 30 anos. Não é uma opinião, é algo comentado e compartilhado por muitas pessoas de dentro da própria entidade”, afirmou Payne.

De qualquer forma, vale se restringir à matemática, mesmo que inexata: as fontes do jornal londrino disseram que as chances da mudança acontecer são “infinitamente pequenas”.

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