Bilionário acredita que funcionários ganhariam qualidade de vida e
empresas produziriam mais. Em compensação, aposentadoria demoraria alguns anos
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Carlos Slim: empresas de bilionário
dominam 80% do mercado de telefonia no México
São Paulo - Já que
estamos vivendo mais, em vez de trabalhar todos os dias e se aposentar com 50
ou 60 anos, por que não trabalhar menos e se aposentar mais tarde?
Este foi o cerne da
ideia de mudança de comportamento proposta para empresas e funcionários pelo bilionáriomexicano Carlos Slim,
o homem mais rico do mundo pela Forbes.
A declaração foi dada
por ele nesta semana, durante um evento de negócios no Paraguai, segundo informações do Financial Times.
Segundo Slim, está na
hora hoje do mundo sofrer uma mudança radical na maneira como as empresas
encaram seus funcionários e como esses levam a vida.
"As pessoas
teriam de trabalhar por mais anos até que tenham 70 ou 75 e trabalhar apenas
três dias por semana, talvez até por 11 horas por dia", disse ele na
conferência.
"Em compensação,
teríamos mais tempo para relaxar, para ter qualidade de vida”, disse ele.
Para as empresas, a
grande recompensa seria a de ter pessoas mais motivadas e criativas.
O magnata de 74 anos acredita
que a nova rotina também geraria uma força de trabalho mais saudável e
produtiva, enquanto que enfrentar os desafios financeiros ligados à
longevidade.
Ideia na prática
Seria fácil dar uma
declaração desta sem precisar trabalhar duro nem deixar os funcionários
folgarem mais dias, certo? Pois parece que Slim tenta colocar a ideia em
prática em seus negócios.
Na sua empresa de
telefonia Telmex, líder do México, o empresário instituiu um regime voluntário
que permite aos profissionais continuarem trabalhando mesmo depois da
aposentadoria obrigatória aos 50 anos.
Os que aceitam acabam
trabalhando apenas quatro dias da semana pelo mesmo salário que recebiam.
Slim surpreendeu o
mundo empresarial mexicano neste mês, com planos de dividir seus negócios do
império América Móvil a fim de evitar sanções regulamentares no seu país de
origem.
Juntas, suas empresas dominam 80% do setor de telefonia fixa e 70% do
mercado de celulares no México - acima do estabelecido como regra para a
concorrência no setor, de 50%.
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