O
COPOM, em reunião realizada ontem, 26/02/2014, divulgou a nova meta da taxa
de juro, a Selic. Como esperado foi decidida uma elevação da taxa em 0,25
ponto percentual, chegando aos 10,75% ao ano confirmando as expectativas de
desaceleração do ritmo de alta da taxa básica, e com a decisão a Selic volta
ao mesmo patamar do início do governo Dilma. A alta mais moderada da taxa se
deve aos números divulgados para a atividade econômica (PIB) que sofreram uma
onda de revisões para baixo nas últimas semanas o que acaba por levar a uma
redução da projeção para a inflação. O que também colaborou para a decisão
foi a expectativa de que o Banco Central norte-americano não realize um
aperto em sua política monetária tão cedo, o que poderia levar a uma fuga de
capitais do Brasil, e de outros países emergentes, em direção aos Estados
Unidos. Outro fator que deu um respiro para o Banco Central foi a taxa de câmbio
que vem apresentado um movimento de apreciação frente ao dólar, causando um
menor impacto sob a inflação.
Em
relação ao mercado, o segmento de renda fixa se comporta de maneira bem
positiva em fevereiro. Os principais indicadores apresentam elevadas altas no
mês, onde o IMA-B 5+, por exemplo, vem apresentando um retorno de 5,43%. O
IMA-B acompanha a trajetória de alta com uma variação positiva um pouco
menor, de 4,31% no mês. Em certa medida o melhor comportamento do mercado se
deve a divulgação do plano de contingenciamento orçamentário feito pelo
governo federal que propôs uma redução de R$ 44 bilhões dos gastos públicos
federais, elevando o saldo primário (antes do pagamento de juros) em quase R$
23 bilhões, além da promessa do Ministério da Fazenda de alcançar um
superávit primário de 1,9% do PIB em 2014. Com a comunicação das medidas
houve uma reação positiva do mercado, expressa na queda das taxas futuras de
juros, a NTN-B com vencimento em 2050 que chegou a ser oferecida no Tesouro
Direto com taxa de até 7,08% em 4 de feverei ro, fechando ontem (26) em
6,70%. As medidas divulgadas também causaram um fortalecimento do real frente
ao dólar. Em nossa concepção, a procura por títulos públicos, oriundas de
captação de recursos dos Bancos do Brasil e Caixa Econômica Federal para
compor novos fundos de condomínio fechado também impulsionaram a melhora dos
valores de mercado desses TPF´s. Importante pontuar que caso as medidas
informadas pelo governo não se concretizem as fortes oscilações negativas podem
voltar com mais força em um futuro não muito distante, levando em conta que o
cenário ainda é de vulnerabilidade para os diversos segmentos do mercado
financeiro.
|
Indicadores
financeiros em 31/01/2014
Indicador
|
No mês
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Acumulado
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INPC
(índice nacional de preços ao consumidor)
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0,63%
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0,00%
|
IPCA
(índice oficial de inflação)
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0,55%
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0,00%
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Taxa de
Meta Atuarial atrelada ao INPC + 4% a.a.
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0,95%
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0,00%
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Taxa de
Meta Atuarial atrelada ao INPC + 6% a.a.
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1,11%
|
0,00%
|
Taxa de
Meta Atuarial - IPCA + 4% a.a.
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0,87%
|
0,00%
|
Taxa de
Meta Atuarial - IPCA + 6% a.a.
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1,03%
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0,00%
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A RPPS Brasil Consultoria Ltda. não comercializa nem distribui cotas de fundos de investimentos ou qualquer outro ativo financeiro. As informações contidas neste texto são de caráter exclusivamente informativo e não constituem qualquer tipo de aconselhamento de investimentos, não devendo ser utilizadas com este propósito. Fundos de investimento não contam com garantia nem do administrador, nem do gestor da carteira, nem de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos – FGC. Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Recomenda-se a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao investidor antes deste realizar aplicações de seus recursos no mesmo.
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