Até a conclusão do processo, são previstas três votações em plenário.
Tramitação é baseada em estudo feito para impeachment do Collor em 92.
Tramitação é baseada em estudo feito para impeachment do Collor em 92.
Após
ser aprovado na Câmara dos Deputados, o
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff chega ao Senado nesta
segunda-feira (18). Na Casa, são previstas três votações em plenário até a
conclusão do processo, de acordo com estudo feito para o impeachment de
Fernando Collor de Melo em 1992.
A Câmara
alcançou, os 342 votos necessários para que tenha
prosseguimento no Senado. O parecer enviado pelos deputados deve ser lido em
sessão desta terça-feira (19).
Depois
disso, os blocos ou líderes partidários deverão indicar integrantes da comissão
especial que analisará o caso. O colegiado será formado por 21 senadores
titulares e 21 suplentes.
Comissão
Assim como aconteceu na Câmara, haverá apenas uma chapa de senadores para a composição da comissão. Parlamentares sem partido, como Reguffe (DF), Walter Pinheiro (BA) e Delcídio do Amaral (MS), não podem integrar a chapa.
Assim como aconteceu na Câmara, haverá apenas uma chapa de senadores para a composição da comissão. Parlamentares sem partido, como Reguffe (DF), Walter Pinheiro (BA) e Delcídio do Amaral (MS), não podem integrar a chapa.
As
indicações devem respeitar o tamanho das bancadas de cada partido, ou seja,
siglas com mais senadores (PMDB, PT e PSDB) têm direito a um maior número de
integrantes na comissão.
Depois
de composto, o colegiado tem até 48 horas para se reunir e eleger o presidente,
que deverá designar um relator. Como quinta-feira (21) é feriado nacional, a
sessão pode acontecer já na quarta-feira (20).
Uma
vez designado, o relator terá 10 dias – não é definido se são dias corridos ou
úteis – para apresentar um parecer pela admissibilidade ou não do processo de
impedimento, que passará pelo crivo do colegiado. A Secretaria Geral da Mesa
estima que o parecer deverá ser votado na comissão até dia 5 de maio.
Votação
do parecer
Independente de recomendar a admissibilidade ou não do processo pelo Senado, o parecer é enviado ao plenário da Casa. O documento é lido e, após 48 horas, é votado nominalmente pelos senadores. A Secretaria Geral da Mesa do Senado projeta que a votação aconteça entre os dias 10 e 11 de maio.
Independente de recomendar a admissibilidade ou não do processo pelo Senado, o parecer é enviado ao plenário da Casa. O documento é lido e, após 48 horas, é votado nominalmente pelos senadores. A Secretaria Geral da Mesa do Senado projeta que a votação aconteça entre os dias 10 e 11 de maio.
Para
ser aprovado, o parecer precisa do voto da maioria simples – metade mais um –
dos senadores presentes. Para a votação valer, precisam estar presentes à
sessão pelo menos 41, maioria absoluta, dos 81 senadores.
Se
todos 81 senadores estiverem presentes à sessão, são necessários 41 votos para
o parecer ser aprovado. Aprovado o relatório da comissão, o processo é
instaurado e a presidente Dilma
Rousseff, após ser notificada, é afastada do cargo por 180 dias.
O vice Michel Temer assumiria a Presidência.
Apesar
dos seis meses de afastamento da presidente, o processo não precisa ser
concluído neste período. Pode, inclusive, extrapolar o prazo, o que possibilitaria
Dilma Rousseff retornar ao cargo com o processo ainda em andamento.
Caso
o parecer seja rejeitado pela maioria simples dos senadores, o processo é
arquivado e Dilma permanece no cargo.
Segunda
votação
Se os senadores determinarem a instauração do processo, o caso volta à comissão especial. A presidente Dilma Rousseff pode ter dez ou 20 dias para responder à acusação. O prazo ainda precisa ser definido pela Presidência do Senado.
Se os senadores determinarem a instauração do processo, o caso volta à comissão especial. A presidente Dilma Rousseff pode ter dez ou 20 dias para responder à acusação. O prazo ainda precisa ser definido pela Presidência do Senado.
O
colegiado dá início à chamada fase de instrução probatória – produção de provas
dentro do processo. Os autores do pedido de impeachment e a presidente Dilma
Rousseff podem ser convocados a depor ao colegiado. A duração da fase de
instrução probatória não foi determinada.
Fechada
a fase de instrução probatória, os autores do pedido de impeachment e a
presidente Dilma Rousseff têm até 20 dias para apresentarem as alegações finais
por escrito. Após esse prazo, a comissão tem dez dias para elaborar e votar um
segundo parecer sobre a procedência ou não da denúncia.
Esse
parecer é publicado no Diário Oficial do Senado e incluído na ordem do dia
dentro de 48 horas. Depois, o documento é votado nominalmente pelos senadores.
Para ser aprovado, são necessários votos da maioria simples dos senadores. Se
for rejeitado, o processo é arquivado e a presidente reassume o cargo.
Em
caso de o parecer ser aprovado, é aberto um prazo de cinco dias para possíveis
recursos aoSupremo Tribunal Federal. Depois disso,
a íntegra do processo é encaminhada aos denunciantes e à presidente Dilma
Rousseff, que terão 48 horas para apresentarem argumentos a favor da denúncia e
defesa respectivamente. As partes também poderão indicar testemunhas para o
julgamento final.
Todo
o processo é encaminhado para o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que deverá marcar
uma data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas.
Julgamento
final
Na data marcada, o presidente do STF, assume o comando dos trabalhos. As partes podem comparecer pessoalmente ao julgamento ou serem representadas por procuradores. As testemunhas também serão interrogadas pelos senadores.
Na data marcada, o presidente do STF, assume o comando dos trabalhos. As partes podem comparecer pessoalmente ao julgamento ou serem representadas por procuradores. As testemunhas também serão interrogadas pelos senadores.
Depois
disso, as partes se retiram da sessão para discussão entre senadores. O
presidente do STF relata o processo com exposição resumida dos fundamentos da
acusação e da defesa e indica os elementos de prova.
Começa
a votação nominal. Os senadores devem responder ‘sim’ ou ‘não’ à seguinte
pergunta lida pelo presidente do STF: “Cometeu a acusada Dilma Vana Rousseff os
crimes que lhe são imputados, e deve ser ela condenada à perda de seu cargo e à
inabilitação temporária, por oito anos, para o desempenho de qualquer função
pública, eletiva ou de nomeação?”.
Para
ser aprovado o impeachment, são necessários os votos de dois terços dos
senadores (54 votos). Se for rejeitado, o processo é arquivado.
O
Presidente do STF lavra a sentença, que será assinada por ele e por senadores
presentes ao julgamento. A sentença é publicada no Diário Oficial. A
ex-presidente é notificada e o processo é encerrado.
Resumo
do processo no Senado
– Após receber a autorização da Câmara para abertura do processo por crime de responsabilidade, o documento terá que ser lido no plenário;
– Após receber a autorização da Câmara para abertura do processo por crime de responsabilidade, o documento terá que ser lido no plenário;
–
Assim como na Câmara, será criada uma comissão, de 21 senadores, observada a
proporcionalidade, com presidente e relator. O relator faz um parecer pela
admissibilidade ou não, que precisa ser aprovado na comissão e depois ir ao
plenário. Isso porque o STF, ao estabelecer o rito do processo de impeachment
em dezembro do ano passado, definiu que o Senado tem o poder de reverter a
decisão da Câmara. O plenário do Senado precisa aprovar por maioria
simples (metade mais um dos presentes na sessão);
–
Se aprovado no plenário, será considerado instaurado o processo e a presidente
será notificada. É afastada por até 180 dias, recebendo a partir daí metade do
salário de presidente (R$ 30.934,70). Ela poderá se defender e a comissão
continuará funcionando;
–
Haverá então a fase de produção de provas. Um novo parecer da comissão deverá
analisar a procedência ou a improcedência da acusação. De novo, esse parecer
tem que ser aprovado por maioria simples;
–
Se aprovado, considera-se procedente a acusação e inicia a fase de julgamento,
que é comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Para que a
presidente perca o cargo, o impeachment tem que ser aprovado por dois terços
dos senadores – 54 dos 81.
*
Todos os prazos poderão ser alterados pelo presidente do Senado.
Gustavo Garcia do G1, em Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário