quinta-feira, 13 de agosto de 2009

ANITA A HEROÍNA

ANITA GARIBALDI

"A heroína de dois mundos, protagonista de ações destemidas na
Guerra dos Farrapos e na unificação da Itália."
A mulher que combate de igual para igual com os homens, "a heroína de dois mundos".
Acompanhando Giuseppe Garibaldi, Anita luta ao lado dos rebeldes gaúchos na Guerra dos Farrapos. Já no primeiro combate, em 1839, empunha a carabina e exibe sua coragem. Em novembro, na batalha em que os imperiais retomam Laguna, comanda a artilharia do navio Rio Pardo, disparando o primeiro tiro de canhão contra os inimigos. Destemida, cruza doze vezes o campo de combate, num escaler, carregando munição e feridos. Só abandona a luta depois de resgatar o amante.
As demonstrações de heroísmo e valentia se sucedem, para espanto de todos. Foi capturada pelos inimigos em Curitibanos (SC), e conseguiu escapar atravessando o Rio Canoas a nado e embrenhando-se sozinha na mata por oito dias.
Em 1840, é surpreendida pelos imperiais em Mostardas (RS), sozinha e semi-nua, com o filho de 14 dias nos braços, escapa a cavalo.
Depois de um período no Uruguai, segue com o marido para a Itália, onde até hoje é venerada como heroína da unificação do país.
Coragem e paixão são virtudes presentes na personalidade de Anita. Em várias ocasiões, Garibaldi pede que ela permaneça em lugar seguro enquanto ele se arrisca.
-"Você quer é me deixar", ela respondia e armava-se para acompanhar o marido nos combates.
Em julho de 1849, 10 anos depois de o casal se ter conhecido, Garibaldi comanda a defesa da República de Roma contra os franceses. Enquanto janta com oficiais no quartel-general, alguém bate à porta. Giuseppe abre-a, abraça quem chega e anuncia: "Senhores, temos mais um soldado!" Tratava-se de Anita, que atravessara uma região controlada pelos inimigos austríacos para juntar-se ao marido. A derrota frente aos franceses acaba forçando a fuga. Vestida de homem, enfrenta cavalgadas noturnas, má alimentação e noites ao relento. Ardendo em febre, morre no dia 4 de agosto de 1849 em uma casinha humilde do feitor de uma fazenda do Marquez de Guiccioli, em Santo Alberto, em Ravena, na Itália. Ainda não tinha trinta anos e estava grávida do quinto filho.
Anita, nossa heroína brasileira, nasceu em 30 de agosto de 1821 e deixou um legado de paixão, coragem e acima de tudo acreditava ser possível um mundo melhor.

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