segunda-feira, 5 de setembro de 2011

JOÃO PAULO II o SANTO


Após a nomeação de 263 Papas, e um período de 456 anos de chefes da igreja católica de origem italiana, Karol Josef Wojtyla de origem polonesa é eleito o maior e novo líder espiritual católico, no dia 16 de outubro de 1978 e em homenagem a seu antecessor que tivera o curto mandato de apenas 33 dias, adota o nome de João Paulo II e no dia 22 de Outubro de 1978 é entronizado solenemente como Papa, para exercer o terceiro pontificado mais longo da história. Foi o primeiro Papa polonês da história da igreja e o mais jovem ( 58 anos ) desde 1846.

Wojtyla era quase um desconhecido em todo o mundo quando se tornou Papa. Mas não para a cúpula da Igreja. Mesmo assim, sua escolha foi das mais apertadas. Se para a escolha de Luciani foram necessárias quatro votações, no seu momento a dificuldade foi ainda maior: fez-se o dobro dos escrutínios. E lá se foi o “jovem” e “atlético” Papa para um governo como nunca se vira antes: de peregrinação pelo mundo. Apesar de considerado conservador, ele logo ganhou o respeito de todos pela sua busca em nome da fé e da paz.

De acordo com Lecomte (2205), João Paulo II trata de se impor desde o início. Ele não vai se adaptar a nenhum modelo preestabelecido. Vai viver a sua vida e, antes de mais nada, é um homem de oração.

João Paulo II, que antes pode ser considerado um pastor do que um administrador, logo percebeu que a organização das atividades papais pela Cúria poderia acabar por sufocá-lo, apesar do empenho oposto de aliviá-lo. Além disso, um papa vindo do Leste conhecia melhor do que ninguém as distorções burocráticas de toda administração centralizada. Falta de transparência dos mecanismos, submissão a uma razão coletiva, multiplicação de regras: o modo de gestão do Vaticano não deixa de lembrara, às vezes, os regimes de partido único.


Wojtyla não chega a ser um pilar da Cúria, mas agora é uma figura conhecida em Roma. Sua silhueta ligeiramente curvada e seu caminhar de montanhês tornaram-se familiares nos diferentes cenáculos da Cidade do Vaticano. Durante todos esses anos. Ele conquistou amigos, admiradores, partidários. Sem saber, vai formando uma rede que lhe haveria de prestar serviços mais tarde. Cada sínodo constitui para ele uma oportunidade de freqüentar cerca de duzentas e cinqüenta pessoas, entre as quais cerca de sessenta bispos e arcebispos muitas vezes destinados à púrpura cardinalícia. Muitos ficam encantados com ele. “É um dos cérebros mais brilhantes que já conheci”, declarou certa vez Dom Derek Worlok, arcebispo de Liverpool. Uma opinião compartilhada por muitos (LECOMTE, 2005, p. 286).


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