ATO CÍVICO MARCA INÍCIO DA SEMANA DA PÁTRIA

ATO CÍVICO MARCA INÍCIO DA SEMANA DA PÁTRIA
A recepção do fogo simbólico conduzida pelos integrantes da Sociedade Corpo de Bombeiros Voluntários de Jacutinga marcou o início das comemorações da semana da Pátria em Jacutinga.

O ato contou com presença das autoridades locais, estudantes das escolas municipais e estadual.

O hasteamento das bandeiras foi feito pelo prefeito Edegar Menin, o presidente da Câmara
Lainor De Mamam e do vice prefeito Gelsi Lodéa.

Em seu pronunciamnteo o prefeito Edegar Menin enfatizou a importância de valorizar os momentos cívicos e o amor pelo nossa pátria, bem como a atenção que deve ser dada ao tema nacional da comemorações neste ano que é a Amozonia.

A secretária de educação cultura e desporto Marlene Fistarol fez uma narrativa da idealização do semana da pátria e do fogo simbólico, acompanhe o texto:
¨Quando falamos em "símbolos", no Brasil, muito se deve a Liga de Defesa Nacional (LDN). Na verdade, podemos afirmar que, se não fosse a LDN, não teríamos o fogo simbólico nem a Chama Crioula com a configuração que atualmente se apresenta. A LDN foi criada por Olavo Bilac em 07 de setembro de 1916, com a finalidade de desenvolver o espírito cívico de todos os brasileiros. A idéia do "fogo simbólico" para o Brasil, de forma concreta, veio da Alemanha em 1936, por ocasião, dos Jogos Olímpicos de Berlin, que inspirado nos gregos, usaram a força do simbolismo da "Tocha Olímpica", como uma maneira de unificar o povo alemão e desenvolver um forte sentimento nacionalista. Idéia esta, usada por Getúlio Vargas (1930-1945), "para legitimar uma Cultura Nacional".

No Estado do Rio Grande do sul, "A Corrida do Fogo Simbólico" foi resultado da apropriação e representação de elementos históricos e culturais adquiridos durante os jogos de Berlin, pois, lá estavam os gaúchos: Túlio de Rose, Ernesto Capelli, João Carlos Daudt e Humberto Sachs. Observando a cerimônia e a participação do povo em torno do "Fogo Simbólico", Túlio de Rose ficou impressionado com a força que a "Tocha" proporcionava na população. Dizia Túlio: "era como se ela pudesse abençoar e proteger àquele povo que demonstrava uma grande paixão pelo seu país" Ao retornar, decidiu organizar uma corrida com a Tocha Cívica, com o apoio da Liga de Defesa Nacional, no Rio Grande do Sul.A primeira "Corrida do Fogo Simbólico" realizada no Brasil foi em 1938, por Túlio de Rose. A corrida teve como ponto de partida a Igreja Matriz de Viamão e chegada na Pira da Pátria, junto ao monumento ao Expedicionário, no Parque Farroupilha em Porto Alegre, totalizando 26 km de percurso.
Já no segundo ano de sua realização, a Corrida partiu da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Rio Pardo /RS. No início da década de 1940, outros estados brasileiros começaram a participar do revezamento da tocha, integrando-se ao simbolismo do Fogo Simbólico.
Todos os anos, por ocasião das comemorações da nossa independência, a Liga da Defesa Nacional realiza a cerimônia do Fogo Simbólico como ato de abertura da Semana da Pátria, prestando um culto à Pátria e procurando manter viva no nosso povo e principalmente nos jovens, a chama que alimenta os valores espirituais da nacionalidade.
É, na verdade, a forma que a Liga da Defesa Nacional adotou para colaborar na formação dos cidadãos de amanhã, neles firmando o amor à terra que nos tem como filhos, à Nação que construímos com o nosso trabalho.
Sobre as Corridas realizadas ao longo desse tempo, cabe registrar que foram adotados dois formatos distintos: O primeiro formato, utilizado 1938 até 1987, quando a Corrida era feita por longos trechos do nosso território, em itinerários pré-determinados, sendo o Fogo Simbólico conduzido em Corrida de Revezamento. Essa modalidade chegou a percorrer 11.000 km do nosso território, passando por vários Estados.
O segundo formato ocorre a partir de 1987, quando o Fogo Simbólico saiu de Diamantina- MG, onde nasceu o Presidente Juscelino, construtor de Brasília, para acender a Pira da Pátria, na Praça dos Três Poderes, no dia 21 de abril, guardando o Fogo Simbólico da Pátria permanentemente aceso, encerrando o ciclo das Corridas de Revezamento, pelo país; a partir de então, passou a Corrida a ser municipal.
Convém lembrar que em 1947, o Rio Grande do Sul, através do "grupo dos oito", ampliou o sentido e o significado do "Fogo Simbólico", e eternizou, o feito de Túlio de Rose, transformando a "Tocha" em "Candeeiro" e o "Fogo Simbólico" em "Chama Crioula".
Também foi através do gesto heróico de Ciro Martins, Paixão Cortes e seus companheiros, que naquele 20 de setembro, além do translado dos restos mortais do farroupilha David Canabarro, de Santana do Livramento para Porto alegre, teve também, ligação com Pistóia, na Itália, donde veio uma Centelha em homenagem aos pracinhas brasileiros falecidos na II Grande Guerra.
O fogo simbólico da Pátria, que surgiu da idéia de um grupo de patriotas gaúchos, que buscavam , em 1936, um símbolo que representasse o ardor patriótico do povo brasileiro.
A Liga de Defesa Nacional está empenhada em desenvolver o civismo e o espírito patriótico do cidadão, promovendo mais uma vez, como tem feito há anos, a corrida do Fogo Simbólico da Pátria",
A lembrança do fogo, que vem acompanhando o homem desde os primórdios de sua evolução e a presença olímpica, unindo raças e povos, fizeram com que ele fosse escolhido como o símbolo procurado, que nos une e para representarmos a magnitude da nossa terra.
Ao concluir secretria Marlen afimou: ¨Pátria, nada mais é do que o entrelaçamento das famílias brasileiras. ¨