quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O QUE APRENDI SOBRE VIDA, CARREIRA, FELICIDADE E SUCESSO?

Esta pergunta me foi feita num grande evento na cidade de Ribeirão Preto. Cerca de 2 mil, empresários, personalidades de sucesso. E minha missão era responder o que eu aprendi, a partir de tantas adversidades sobre a vida, os negócios, a felicidade e o tal do sucesso. Pergunta fácil, resposta difícil. Muita curiosidade de todos, e minha também. Os aprendizados da vida são constantes, mas transformá-los numa peça pedagógica é bem complicado. E o mais complexo de tudo é que não paramos de aprender, e como não chegamos ao final da linha da vida, algumas conclusões antecipadas podem ser totalmente equivocadas.
Por isso sábios gregos já conjecturavam que sucesso e felicidade eram coisas só possíveis de serem auferidas após a morte. Diziam eles que alguma coisa que ocorresse um minuto antes da morte de uma pessoa poderia transformar tudo o que se havia imaginado como sucesso em fracasso e, mesmo uma vida que poderia ser considerada uma derrota, numa grande vitória.
Mas vamos ver por partes. Pegar períodos e fases já concluídas. O que aprendi como menino, com o rosto queimado? Aprendi que o maior preconceito do mundo é aquele que formamos e forjamos dentro dos nossos sentimentos. Aprendi que Bullying agride, mas também ensina a resistência, a defesa, e nos prepara para provocações muito mais sutis, ferinas e mesmo polidas, no futuro. E ainda mais, reparei ao longo de todos esses anos que aqueles que mexeram com as queimaduras do meu rosto rindo e apontando foram poucos, mas esses eram sempre os feios, muito feios geneticamente falando, nunca bonitos!
Aprendi enquanto menino que podemos fazer grandes e espetaculares amigos, e que nossas deficiências aparentes e físicas não nos impedem de termos uma vida feliz, intensa e de brincar com tudo e com todos. Enquanto criança nos hospitais públicos por onde passei, anos e anos semi-internado, dos 4 até os 16 anos, aprendi que existem sofrimentos imensos, mas existem seres humanos sensacionais que conseguem fazer de um fim de vida um exemplo de carinho e amor. Vi e senti olhares plenos de amor e de solidariedade de gente humilde.
Senti a força de corajosos, e ouvi conselhos dignos e sensacionais sobre a vida. Aprendi também que maldade existe, que violentos e cruéis fazem parte de um pequeno percentual humano, e que podem vir a dominar e influenciar muitos, se ficarem sem o contraponto, e sem a luta dos bons. Como criança aprendi que muitas famílias podem ser nossas famílias. Como filho adotivo aprendi que pais e mães que adotam podem amar intensamente mais do que os biológicos.
Como jovem aprendi que a música salva. Que poder criar eleva a autoestima e que a beleza pode ser inventada nas obras e essa beleza se transfere mesmo para um rosto queimado como o meu. Como jovem descobri que nos transformamos na qualidade das relações e dos ambientes onde convivemos. Aprendi que precisamos nos expor a tudo, ou quase tudo, mas que saber voltar aos fundamentos da Dignidade humana exige o aprendizado e o ensinamento de valores.
Como homem descobri que mulheres belas não se apaixonam só pelos galãs, e que mesmo com meu rosto deformado me apaixonei e fui amado por belas mulheres. Como profissional e executivo aprendi que se trabalharmos convictos de estarmos pensando na empresa em primeiro lugar, nada irá possibilitar o atraso das nossas carreiras. Que se colocarmos a sociedade, o país e o planeta acima de tudo iremos colher de um sucesso inevitável. Pensar como dono, fundamental. Liderar com amor e apaixonado pelas equipes promove êxitos impressionantes. Como alto executivo aprendi que os resultados contam, mas que os meios utilizados para atingi-los contam muito mais, ao longo do tempo. Como professor aprendi que quanto mais posso doar mais a vida cisma de me retornar.
Na vida aprendi que perdoar é sábio, mesmo se não pudermos esquecer. E que esquecer pode nos salvar. Já como um velho acadêmico, escritor e palestrante continuo aprendendo que as lições mais fundamentais são as das crianças. Que a criança pura revela a proximidade da alma. E aprendo todo dia com seres humanos que carregam vivas dentro de si as suas crianças interiores, não importa sua idade física. Não existe velho para uma alma que voa e brinca de esconde esconde e pega pega no universo.
Hoje, o maior de todos os aprendizados continua sendo a certeza das nossas imperfeições. A consciência da nossa necessária humildade, e os segredos do aprender a aprender com outros humanos admiráveis. Devo o que sou a construção de retalhos humanos que foram costurados e tecidos em mim. Desde a vida que me foi dada pela mãe biológica, pela coragem dos imigrantes pais adotivos e pelos amigos, conhecidos e anônimos com os quais aprendi centímetros novos no cerzir das colchas de retalho, no patchworking que nos transformamos.
A todos convido à expulsão do medo, e um convite a pular nas ondas mutantes dos mares das vidas, segurando pela mão, na mão de um pai valente que espera seu filho possa um dia também saltar, conduzindo pelas suas mãos outras crianças, outros seres e que essa corrente, esse embate de rochas e ondas jamais seja vencido pela omissão das ostras ou pela acomodação do limo escorregadio…
Descobri que felicidade antecede sucesso, mas que o sucesso precisa recompensar a felicidade, que sofrimento só é sofrimento se não tivermos um sentido e um significado que valha a pena perseguir. Amor surpreende e revigora. Ame, como Edith Piaf ensinou… Ame. Um brinde à vida, e o futuro que venha, e ele virá, e esse futuro vem carregado de imprevisibilidades, recheado de acasos. Mas, como ele virá mesmo, que venha então o futuro… Mas que nos venha pela frente. Feliz 2014!
 José Luiz Tejon é publicitário, jornalista, autor e co-autor de 28 livros, como "O Voo do cisne" e "O Código da Superação". É presidente da TCA Internacional, com parcerias na Europa, Estados Unidos, China e Israel. tejon@tejon.com.br

BEM VINDO PROFESSOR

Que venha o Enderson.
Que sua humildade e aparente sabedoria reverta em títulos, tão necessários ao nosso glorioso tricolor dos pampas.
Sei que o Renato Portaluppi vai deixar saudades, porém.

APROVADO RELATÓRIO DO SIMPLES NACIONAL


13122013164602.jpgO deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para destacar a votação do relatório do deputado Claudio Puty, na Comissão Especial que discute alterações no Estatuto da Micro e Pequena Empresa (Supersimples), conhecida como Lei do Supersimples - Lei Complementar 123/2006.

Durante pronunciamento, Hamm reforçou que a votação na Comissão foi um momento importante para o desenvolvimento do país e que agora a matéria deverá ir à votação no plenário da Câmara dos Deputados.

No Brasil, 91% das empresas são micro e pequenas empresas, 52% dos empregos formais são exatamente da micro e pequenas empresas e 25% do PIB, da riqueza do País. “Portanto, foram avanços importantes em relação à universalização do acesso por muitas categorias, a diversas atividades profissionais; à redução da carga tributária e da burocracia, à melhoria da vida do trabalhador, principalmente através da micro e pequena empresa”, sintetiza Hamm ao finalizar apontando que se cada microempresa no Brasil, das 8 milhões e 500 mil, gerar um emprego, representará a geração significativa de novos empregos no país, o que se traduz em importante conquista.

Snowden diz: “O Brasil é uma Zona”.

A novela, rocambolesca e mexicana embebida de Vodka, Edward Snowden tem novos capítulos, e por mais engraçada que seja, no Brasil. Agora, em troca de uns “serviços a mais”, Snowden pede asilo ao Brasil. Mesmo de forma velada, não diretamente à Presidente Dilma, o espião americano, que hoje vive no frio, promete contribuir mais com o governo brasileiro, se o mesmo, contribuir pelo seu asilo. Em carta publicada na Folha de São Paulo (17/12/2013), com tradução de Clara Allain, o espião se faz de anjo, ou santo de causas nobres, para mostrar ao Brasil e ao mundo o esquema, que para todos os profissionais das áreas de inteligência, segurança e defesa já era mais do que sabido.
A grande contribuição que Edward Snowden deu ao Brasil, foi na verdade escancarar o quão fraco é nosso Sistema Brasileiro de Inteligência. Fraco pela falta de políticas efetivas, e também pelo próprio descaso do governo brasileiro com o tema. Como se inteligência ainda fosse coisa “dos porões” da ditadura, sem contar o engavetamento da Política de Inteligência pela presidência da república. Os altos indicadores de violência e insegurança pública que existem no Brasil, são aspectos claros nas fraquezas que nossas fronteiras sofrem por problemas estruturais nas atividades de inteligência. Nosso sistema até tem profissionais preparados, mas a passividade com o tema, leva os mesmos ao um processo de letargia na produção de conhecimento estratégico.
Mas Edward Snowden está sentindo na pele o que diversos espiões traidores sentiram quando escolheram a Rússia, ou antiga União Soviética (URSS) como lar definitivo. 99% dos espiões traidores morreram na Rússia, e 1% ainda está desaparecido para contar a verdade, ou completar a estatística. Todos os países, exceto o Brasil, que sofreram impactos com as informações abertas por Snowden gritaram no início, mas depois na sua grande maioria, recuaram, inclusive o próprio Vaticano. Gritar com esta novela escancara os seus próprios sistemas de inteligência. Por sinal, no caso brasileiro, se eu fosse o governo, me preocuparia mais com as agências francesas, alemãs, paquistanesas e chineses, do que os próprios americanos.
Se o governo brasileiro acatar o pedido de Edward Snowden, o mesmo estará abrindo um precedente fantástico para as agências americanas e do mundo todo. Além dos diversos espiões que já existem em território brasileiro, o governo dará munição para atuação de mais agentes americanos que caçarão a todo custo Snowden. E se considerarmos que em um rastro de inteligência, muitos outros rastros aparecerão, o espetáculo “ao gosto” de James Bond estará feito. E para Snowden é mais do que sabido, a instabilidade de segurança, de fronteiras, de corrupção que assolam o Brasil, isto tudo dá margem de manobra para o desenvolvimento de um ambiente mais fugaz para as atividades de inteligência e espionagem.
Alguns analistas, até mais sensatos, na área de inteligência, pedem um pouco mais de segurança por parte dos governos, pois seria Snowden uma “estória cobertura” de outras agências, ou da própria NSA americana? Como diria a ex-espiã da CIA, J.C. Carleson, em seu livro “Trabalhe com inteligência”, “agentes americanos são pagos para obter informações secretas de pessoas que têm acesso a elas”. O cenário de Snowden está mais propício para isso, do que efetivamente trazer alguma verdade que realmente possa impactar o dia-a-dia do Brasil.
Na “carta aberta ao povo brasileiro”, além de Snowden se sentir um arauto, o mesmo coloca situações interessantes, quase piegas:
- “Hoje, se você carrega um celular em São Paulo, a NSA pode rastrear onde você se encontra, e o faz: ela faz isso 5 bilhões de vezes por dia com pessoas no mundo inteiro”. Considerando isso, a NSA já sabe o paradeiro de Snowden na Rússia, é só uma questão de tempo, e de um país latino americano dar asilo para o mesmo;
- “Quando uma pessoa em Florianópolis visita um site na internet, a NSA mantém um registro de quando isso aconteceu e do que você fez naquele site. Se uma mãe em Porto Alegre telefona a seu filho para lhe desejar sorte no Vestibular, a NSA pode guardar o registro da ligação por cinco anos ou mais tempo”. Bom, o pessoal em Florianópolis, e em todo Brasil, que navegou em algum site pornográfico que se cuide. E a polícia federal brasileira poderia pedir ajuda para a NSA na causa das fraudes de vestibulares de medicina que acontecem todos os anos no Brasil.
Snowden trata o Brasil como uma “zona”, lá tudo pode, e o que eu falar cola. E o ambiente de insegurança que existe no país, sem contar a visão de esquerda caviar como diria Rodrigo Constantino, que existe no Brasil em relação aos Estados Unidos, dão ambientes para que Snowden aproveite um belo asilo no Brasil. E cá entre nós, é melhor ter asilo no calor do Brasil curtindo uma caipirinha, do que um inverno rigoroso e chato na Rússia a base de vodka.
Recomendo ao governo brasileiro a leitura de duas obras de inteligência, “Intelligence and the national securtiy strategist” de George & Kline, e “Strategic intelligence – windows into a secret world” de Johnson & Wirtz, as duas obras já apresentam todo o cenário que Snowden afirmar ter.
E para Snowden, recomendo suas escolhas iniciais, vá para Venezuela, Bolívia ou Cuba, e aproveite o ambiente livre que estes países têm em relação à democracia tão propagada e esperada por ele. Cá entre nós, sejamos mais realistas.

Fábio Pereira Ribeiro é sócio Diretor da Fábio Ribeiro Consultoria e Inteligência Estratégica em Negócios e Educação fabiomkt@uol.com.br  - http://exame.abril.com.br

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ANO DE INTENSAS ATIVIDADES EM QUATRO IRMÃOS

Na última semana o CRAS de Quatro Irmãos realizou o encerramento das suas atividades do ano de 2013.  O encontro reuniu mais de 200 pessoas no Ginásio Municipal de Esportes na noite de quinta feira dia 16. Inicialmente os participantes foram cumprimentados pela Coordenadora e Primeira Dama Lucélia Dogenski De Valle e em seguida assistiram as apresentações dos Grupos de Dança dirigidos pelos professores Laisa Napps e Adelar Militz e de outros trabalhos realizados pelo CRAS. 
As atividades da noite seguiram  com uma palestra do Enfermeiro Samuel Salvi Romero que abordou a importância dos vínculos familiares e a convivência familiar e comunitária.  Após a explanação  foi servido um coquetel a todos os presentes. 
Durante todo o ano, o CRAS executou grupos e oficinas que ocorreram semanalmente e alguns desses trabalhos foram realizados em parceria com a ASCAR/EMATER.
Em 2013 foi realizado um expressivo número de oficinas e grupos como cozinha e horta comunitárias;  grupo de gestantes, mães e adolescentes; grupos de dança, costura e artesanato.  O CRAS também desenvolveu em parceria com o SENAC, o Curso Profissionalizante Auxiliar de Recursos Humanos - PRONATEC, e para o ano de 2014 em pactuação com outras instituições além do SENAC, irá oferecer ao público outros  cursos nas áreas de manicure e pedicure, recepcionista, operador de computador e padaria.
 O Centro de Referência e Assistência Social de Quatro Irmãos encerra suas atividades agradecendo a equipe, a Administração Municipal e principalmente às famílias que integram os programas, pelo ano de grande êxito,  desejando um Feliz Natal e um Excelente 2014 a todos! 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Lideranças de Cruzaltense são recebidas pelo Deputado Afonso Hamm



O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) recebeu em seu gabinete de Brasília, o prefeito progressista, Kely José Longo e o Secretário de Planejamento, Lenito Santolin.

No Orçamento Geral da União de 2013, Hamm destinou uma emenda para pavimentação asfáltica nas Vias Urbanas no Perímetro Urbano, no valor de R$ 251.784,00.
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Durante a reunião com o parlamentar, o prefeito também pediu apoio ao deputado para acompanhar a proposta voluntária na área de turismo, visando a construção do Centro de Eventos de Cruzaltense.

De Reagan a Ratzinger: um diagnóstico das raízes do sub-humanismo

O ex-presidente norte-americano e o papa emérito sabiam que a liberdade mal entendida leva os homens ao ódio contra si mesmos e à cultura da morte.
Por Jason Jones e John Zmirak - do site Alateia

Apenas dois anos após assumir o cargo, um presidente norte-americano, polêmico em seu tempo e hoje bem avaliado, falou abertamente sobre o inexorável rastejar do sub-humanismo, embora não tenha usado esse termo. Poucos fiéis seguidores do seu partido político, que ainda venera a sua imagem, se lembram do que Ronald Reagan escreveu em 1983:

"O aborto não afeta apenas a criança que ainda não nasceu. Ele afeta cada um de nós. O poeta inglês John Donne escreveu: ‘...a morte de qualquer homem me diminui, porque eu faço parte da humanidade; nunca, pois, procures saber por quem os sinos dobram; eles dobram por ti’.

Não podemos diminuir o valor de uma categoria da vida humana, a dos ainda não nascidos, sem com isso diminuir o valor de toda a vida humana. Já vimos uma prova trágica desse truísmo no ano passado, quando os tribunais do Estado de Indiana permitiram a morte por inanição do bebê Jane Doe, em Bloomington, porque a criança tinha síndrome de Down.

A verdadeira questão não é a de quando começa a vida humana, mas a de qual é o valor da vida humana. O abortista que reagrupa os braços e pernas de um bebê para ter certeza de que todos os seus pedaços foram retirados de dentro do corpo da mãe dificilmente duvida de que aquele era um ser humano. A verdadeira questão, para ele e para todos nós, é saber se aquela pequena vida humana tem ou não tem o direito, recebido de Deus, de ser protegido pela lei; o mesmo direito que nós temos”.


Como é que um direito tão fundamental poderia ser simplesmente deixado de lado? Sendo “brutalmente cândidos”, podemos afirmar que um “esquecimento” desse tipo foi intencional e consciente, um exemplo de empatia que desaba diante de desejos egoístas embrulhados em slogans utópicos: com o aumento da contracepção e a aparente derrota das doenças venéreas pelos antibióticos, o homem moderno (escolhemos o termo deliberadamente) teve o vislumbre daquela terra prometida de liberdade sexual, que vinha seduzindo a imaginação dos libertinos ao longo de toda a história humana: o sexo poderia finalmente se livrar das amarras biológicas e ser usado como pura fonte de prazer. Divorciado de quaisquer compromissos mais duradouros que o desejo fugaz, aliviado do peso da reprodução, sem o lastro da culpa e da vergonha, o assim rotulado "amor livre" poderia servir à causa do progresso, dissolvendo os laços sociais indesejados e a herança estrutural social que a Nova Esquerda enxergava como repressiva: o núcleo familiar, a Igreja e os códigos “burgueses” de comportamento.

Na década de 1960, havia, de fato, relativamente poucos estudantes ativistas que fossem versados de verdade em Marx e Engels, ou interessados não apenas superficialmente em melhorar a sorte dos "proletários". A Nova Esquerda canalizou a rebelião juvenil contra as barreiras impostas ao prazer. A paz e a prosperidade, conquistadas a duras penas pela geração da Segunda Guerra Mundial, que teve de raspá-las dos escombros e dos túmulos de mais de 60 milhões de mortos, pareciam, para a próspera juventude ocidental, coisa banal, inerente à normalidade da vida. Pouca gente, além dos reacionários e dos eclesiásticos, pensou em lançar o alerta de que a ordem social se revelaria muito frágil na hora em que os ácidos do desejo adolescente carcomessem os seus alicerces.

Como quer que fosse, haveria uma pedra no meio do caminho: o fato inconveniente de que os seres humanos são mamíferos e perpetuam a espécie através da relação sexual. E o sistema reprodutivo humano é astuto: com o passar do tempo, ele vai derrotando a maioria dos métodos de contracepção (se a margem de falha é de "apenas" 10 por cento e você brincar com ela durante dez anos... bom, até mesmo um americano é capaz de completar esse tipo de cálculo). O resultado é que o aumento do controle de natalidade veio acompanhado de uma explosão de casos de gravidez não desejada: o aumento da promiscuidade ultrapassou até mesmo os progressos das técnicas de contracepção. Em meados da década de 1960, a barreira para a liberação sexual não eram mais os padres e os puritanos, nem o medo da desgraça social, mas uma safra constante de clamorosos bebês indesejados. O movimento progressivo para livrar o homem de qualquer obstáculo para os seus desejos se viu então confrontado de repente com um obstáculo puramente humano: a reverência que as mulheres grávidas sentiam pelos próprios filhos ainda não nascidos.
O movimento feminista, que no seu início tinha visto uma Susan B. Anthony chamar o aborto de “crime monstruoso que os homens impunham às mulheres”, passou a adotar a “ética” que Simone de Beauvoir plagiara do amante, Jean-Paul Sartre: a busca da autolibertação de qualquer vínculo social ou de qualquer influência externa, coisa que levaria as mulheres a reengenhar a sua sexualidade para torná-la igual à dos "playboys". O aborto, que antes era uma conveniência ilegal apoiada principalmente por homens solteiros e promíscuos, acabou virando um “direito humano fundamental” exigido pelas ativistas feministas, favorecido pela silenciosa filantropia dos controladores da população, tais como a Fundação Rockefeller, cujos relatórios alarmistas, com intensos matizes de eugenia, influenciariam o juiz Harry Blackmun no caso Roe versus Wade.

Assim como os proprietários de escravos encontravam “justificativas científicas” durante o Iluminismo para a prática imoral em que a sua própria “liberdade” se baseava, também os libertários sexuais procuram embasamento nos princípios do sub-humanismo moderno. O então cardeal Joseph Ratzinger explicou essa dinâmica no seu famoso ensaio "O Problema das Ameaças à Vida Humana", que traça o papel da liberdade mal interpretada na criação da nossa cultura da morte:


"Se olharmos rapidamente para a época moderna, veremos uma dialética que permanece vigente até hoje. Por um lado, a modernidade se orgulha de ter descoberto a ideia dos direitos humanos como inerentes a todo ser humano e com antecedência a qualquer lei positiva, além de ter proclamado esses direitos em solenes declarações. Por outro lado, esses mesmos direitos, reconhecidos como tais na teoria, nunca foram tão profunda e radicalmente negados na prática.

O dogma fundamental do Iluminismo afirma que o homem deve superar os preconceitos herdados da tradição: ele deve ter a ousadia de se libertar de todas as autoridades, a fim de pensar por conta própria usando nada além da própria razão.

A ideia do bem em si mesmo é retirada do alcance do homem. O único ponto de referência para cada pessoa é o que ela pode conceber por conta própria como sendo bom. Por conseguinte, a liberdade não é mais vista positivamente como um esforço pelo bem que a razão descobre com a ajuda da comunidade e da tradição; ela passa a ser definida como uma emancipação de todas as condições que impedem cada um de seguir a própria razão. Isso é chamado de ‘liberdade de indiferença’.

Um tipo individualista de antropologia, como vimos, nos leva a considerar a verdade objetiva como inacessível, a liberdade como arbitrária, a consciência como um tribunal fechado em si mesmo. Tal antropologia leva a mulher não somente a odiar o homem, mas também a odiar a si mesma e a sua feminilidade; acima de tudo, porém, a leva a odiar a própria maternidade.

Em termos mais gerais, esse tipo de antropologia leva os seres humanos a odiarem a si mesmos. O ser humano despreza o ser humano. Ele não é mais um ser conforme Deus, que olhou para a sua criação humana e achou-a "muito boa" (Gn 1,31). Pelo contrário, o homem de hoje se vê como o destruidor do mundo, como um produto infeliz da evolução. O homem que não tem mais acesso ao infinito, a Deus, é um ser contraditório, um produto que falhou. Vemos nisto a lógica do pecado: querendo ser como Deus, o homem procura a independência absoluta. Para ser autossuficiente, ele precisa se tornar independente, emancipar-se até mesmo do amor, que é sempre um dom da graça e não algo que pode ser produzido ou fabricado. Ao se proclamar independente do amor, no entanto, o homem se separa da verdadeira riqueza do seu ser e se torna vazio. A oposição ao seu próprio ser é inevitável. ‘Não é bom ser um ser humano’: a lógica da morte faz parte da lógica do pecado. O caminho para o aborto, para a eutanásia e para a exploração dos mais fracos passa então a ficar aberto".

Essa qualidade solipsista da moralidade do sub-humanismo, que consiste no “crie-seu-próprio-mundo-ex-nihilo", teria uma clara manifestação, um ano depois de Ratzinger escrever essas palavras, na lógica utilizada pela Suprema Corte dos Estados Unidos para ditar a sua decisão no caso Planned Parenthood versus Casey (1992), cuja passagem-chave diz: "No coração da liberdade encontra-se o direito de definir o próprio conceito de existência, de significação, de universo e do mistério da vida humana".

Vamos pensar durante um instante nesta afirmação. Será que esse "coração da liberdade" incluiria também o meu "direito" de definir "o meu próprio conceito" de liberdade? E se o meu conceito não corresponder ao seu? Qual deles merece prevalecer? E se cada um de nós definir o próprio conceito de significação, como é que vamos saber o que a decisão da Suprema Corte significa na hora em que a lermos? Se o meu conceito de "universo" é diferente do seu, conforme é “meu direito”, isso quer dizer que eu posso negar a existência da lei da gravidade e jogar você janela abaixo? De acordo com a Suprema Corte dos Estados Unidos, sim; desde que você ainda não tenha nascido.

O que a Suprema Corte apresenta como a nobre lógica da liberdade americana é, na verdade, pura tagarelice incoerente, revestida com a linguagem dos “direitos”: se fosse levada a sério, tornaria impossível não apenas governar, mas também comunicar-se e até mesmo pensar. É um engano plantado no voluntarismo. É a loucura que deriva da birra. É o que acontece quando o seu único axioma é "Não servirei".

Concursos públicos que pagam ótimos salários

56 concursos públicos pagam salários de até R$ 22,8 mil

Destaque para a Polícia Federal que abriu 566 oportunidades para nível médio e superior. Inscrições vão até o dia 23 de dezembro

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Wikimedia Commons
Brasão da Polícia Federal
Brasão da Polícia Federal: maior parte das oportunidades administrativas é para trabalhar no Distrito Federal
São Paulo - Para quem quer seguir carreira pública, veja os concursos públicos com inscrições abertas. As oportunidades profissionais estão espalhadas por todas as regiões do país.

Ministério do Desenvolvimento Agrário 
São 150 vagas temporárias de nível médio/técnico e superior. As oportunidades são para os estados de Amazonas, Pará, Tocantins, Acre, Amapá, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Roraima, além de Brasília.
Há oportunidades para formados em qualquer graduação, em engenharia de agrimensura, engenharia cartográfica, engenharia agronômica, ciências contábeis, e tecnologia da informação.

Salários: até 8.300 reais
Inscrições: até 16 de dezembro pelo site do Universa
Polícia Federal
São 566 oportunidades e formação de cadastro de reserva na área administrativa. Para cargos de nível médio são 534 vagas, sendo 274 para o Distrito Federal e as demais divididas entre todas as unidades da federação.  Para quem tem nível superior são 32, todas para trabalhar no Distrito Federal. Para quem tem diploma universitários as vagas são para administradores, arquivistas, assistentes sociais, contadores, psicólogos, engenheiros civis, engenheiros eletricistas e engenheiros mecânicos.
Salário: até 5.081,18 reais
Inscrições: até 23 de dezembro pelo site do Cespe/UnB 
Transpetro
As oportunidades são para condutor mecânico, auxiliar de saúde, moço de convés, moço de máquinas e taifeiro.
Salário: 9.545,40 reais
Inscrições:  até 31 de janeiro de 2014  e as diretrizes para a realização de inscrição estão disponíveis no Diário Oficial da União 
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
Concurso é para formação de cadastro de reserva nos cargos de analista e de assistente. Os cargos são para São Paulo e Rio de Janeiro nas áreas de análise estratégica em ciência, tecnologia e inovação, crédito e finanças, gestão e planejamento, informática – desenvolvimento de sistemas e suporte, além de jurídica.
Salário:  8.788,13 reais
Inscrições: até 10 de dezembro pelo site da Cesgranrio
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O grito de guerra por Dirceu, Genoino e Delúbio e as eleições 2014

Dirceu: idolatrado no PT
Dirceu: idolatrado no PT
Na abertura do 5º Congresso do PT, ontem à noite, os 700 petistas presentes mandaram ver em uníssono:
- Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro.
Depois, repetiram o grito de guerra em homenagem aos mensaleiros José Genoino e Delúbio Soares.
Beleza. Mas a manifestação de ontem pode ser um tiro no pé se for usada na campanha eleitoral de 2014 – na internet, por exemplo.. O último Datafolha mostra que a esmagadora maioria dos brasileiros aprovaram a prisão dos mensaleiros – entre os eleitores petistas, 87% apoiaram a decisão do STF.
Por Lauro Jardim  - http://veja.abril.com.br

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Os piores e melhores investimentos de novembro

Dólar é o melhor investimento do mês e títulos públicos que acompanham variação da Selic se sobressaem na renda fixa, superando a poupança

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São Paulo – O melhor investimento do mês de novembro foi o dólar comercial, que registrou valorização de 5,37%. E entre os investimentos de renda fixa, que são mais conservadores, os títulos do Tesouro Direto que acompanham a variação da Selic, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), tiveram o melhor desempenho, fechando o mês com alta de 0,79%.
Veja na tabela a seguir as performances das aplicações financeiras e dos indicadores de mercado em novembro e no acumulado do ano.
AplicaçãoDesempenho em novembroDesempenho no anoFechamento em
Dólar comercial5,37%13,57%28/11/2013
Fundos Multimercado Macro*1,01%6,27%25/11/2013
LFT (vencimento em 07/03/2014)*0,79%7,36%29/11/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2014)*0,79%6,37%29/11/2013
LTN (vencimento em 01/01/2014)*0,79%6,32%29/11/2013
Selic*0,78%7,38%28/11/2013
CDI*0,74%7,19%27/11/2013
Fundos referenciados DI*0,72%7,26%25/11/2013
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)*0,70%3,58%29/11/2013
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)*0,68%3,33%29/11/2013
LFT (vencimento em 07/03/2017)0,66%7,26%29/11/2013
IPCA (estimativa do Banco Central)**0,65%5,82%22/11/2013
Poupança antiga0,54%5,76%28/11/2013
Poupança nova*0,54%5,16%28/11/2013
Fundos de Renda Fixa*0,41%5,94%25/11/2013
IGP-M (estimativa do Banco Central)**0,40%5,55%22/11/2013
Fundos Multimercado Multiestratégia*0,39%4,11%25/11/2013
Fundos Multimercados Juros e Moedas*0,32%3,87%25/11/2013
Fundos de ações Ibovespa Ativo*-0,36%-2,11%25/11/2013
Fundos de ações livres*-1,04%1,68%25/11/2013
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX)-1,18%-10,62%28/11/2013
LTN (vencimento em 01/01/2017)*-1,55%---29/11/2013
Fundos de ações Small Caps*-1,62%-10,22%25/11/2013
Fundos de ações dividendos*-2,63%-2,17%25/11/2013
Ouro-3,16%-15,98%28/11/2013
Ibovespa-3,27%-13,90%29/11/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2023)*-6,20%-9,44%29/11/2013
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)*-8,70%-24,69%29/11/2013
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)*-13,57%-33,04%2911/2013
Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento
(**) Expectativa de inflação para o ano de 2013 e para o mês de novembro, segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado no dia 22/11/2013. 

Renda fixa
Com as repetidas altas da taxa Selic - que foi elevada mais uma vez nesta semana, passando de 9,5% para 10% ao ano -, os investimentos que se beneficiam da tendência de elevação da taxa, como os fundos referenciados DI e alguns títulos do Tesouro Direto, tiveram resultados positivos no ranking mensal.
As Letras Financeiras do Tesouro, títulos públicos cujo rendimento acompanha a variação da Selic, tiveram o melhor rendimento entre as aplicações de renda fixa, que são mais conservadoras. “A LFT registra alta não só pela previsível elevação da Selic, que se concretizou no final do mês, mas pela perspectiva de continuação da alta dos juros futuros”, explica Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos.
A LFT é uma boa opção para quem busca uma alternativa de investimento conservadora, fora da poupança. Diferentemente de outros títulos públicos, o investidor não corre o risco de ter grandes prejuízos ao resgatar uma LFT antes do prazo de vencimento.
As Letras do Tesouro Nacional (LTN) e as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) com vencimentos no curto prazo também tiveram bom desempenho. Segundo Bittencourt, a alta dos títulos é relacionada mais uma vez às perspectivas sobre o comportamento dos juros no futuro.
“Imaginava-se que o ciclo de juros de curto prazo terminaria, por isso os títulos curtos não foram tão afetados e os longos foram”, diz o diretor da Apogeo.
Ele esclarece que, como os títulos com prazo longo vendidos atualmente prometem remunerações altas, os títulos vendidos anteriormente com taxas mais baixas sofrem quedas. E como a previsão é de que os juros não subam mais tanto no curto prazo, os títulos com vencimentos mais próximos não ficam em grande desvantagem em relação aos títulos atualmente vendidos no mercado: suas taxas são compatíveis com a baixa expectativa de alta dos juros no curto prazo.
Com a Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança nova passa a ter a rentabilidade da poupança antiga, de 0,5% ao ano, mais a taxa referencial (TR), que fica próxima a zero. Mesmo sendo um investimento mais conservador, a caderneta obteve um rendimento razoável, de 0,54%, superando os fundos de renda fixa e alguns títulos do Tesouro.
Apesar de a tabela de rendimentos mensal mostrar algumas quedas entre os títulos do Tesouro Direto, o momento é extremamente favorável para investir nesses papéis. As Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) com vencimentos longos, por exemplo, apresentam queda no mês porque elas sofrem o efeito da marcação a mercado, que reflete a rentabilidade que os títulos teriam se fossem vendidos antes do vencimento.
No entanto, se o investidor comprar uma NTN-B agora pensando em carregá-la até o vencimento, a remuneração oferecida é muito maior do que a da poupança. Todas as NTN-Bs disponíveis para compra neste momento, oferecem juros acima de 6% ao ano, mais a variação da inflação.
Dentre os títulos públicos apresentados na tabela, estão disponíveis para compra: a NTN-B Principal com vencimento em 2035 e a NTN-B com vencimento em 2050, a LFT com vencimento em 2017, a LTN com vencimento em 2017 e a NTN-F com vencimento em 2023.

Renda variável
O dólar fechou o mês com o melhor rendimento do ranking, com alta expressiva de 5,37%. Os dados ruins de contas do governo impulsionaram a valorização da moeda ante o real. Nesta quinta-feira (28), foi anunciado que o superávit do Governo em outubro foi de 5,436 bilhões de reais, inferior ao piso das projeções, que era de 6 bilhões de reais, pior resultado para o mês desde 2004. A divulgação aprofundou o mau humor estrangeiro em relação ao Brasil, que já vinha sendo motivado pelos temores de corte no rating nacional por agências de classificação de risco.
Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa, fechou em queda de 3,27%. Segundo Paulo Bittencourt, fatos muito objetivos afetaram o desempenho do índice. “A perspectiva de um PIB enfraquecido para 2013 e 2014, os dados de baixo superávit primário e a deterioração nas contas fiscais brasileiras acabaram empurrando para baixo todo o movimento de recuperação do índice esboçado a partir de setembro e outubro”, afirma.
Depois do dólar, os fundos multimercados tiveram o melhor resultado na renda variável. Esse tipo de fundo pode investir em qualquer aplicação, usando as mais diversas estratégias.
Para Bittencourt, a alta de 1% no mês pode ser explicada pelo bom aproveitamento que os gestores fizeram das atuais circunstâncias de mercado. “Os gestores desses fundos tomam como base certos fundamentos macroeconômicos e operam de acordo com o que estão achando que vai acontecer. Esses gestores devem ter feito posições contra o real e se beneficiaram com isso”, conclui. 
  • Ranking - 
  • 29/11/2013 18:47

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