A senadora Ana Amélia (PP-RS) lamentou o
peso dos impostos no Brasil, citando como exemplo a energia elétrica,
cujos tributos somam até 45% do total da tarifa
O Brasil, informou, é o terceiro país que mais tributa energia. Ela
também reclamou dos impostos na telefonia, setor que, para ela, é um dos
que mais investe em propaganda, mas não em melhorias do serviço
prestado.
A parlamentar disse que as multas aplicadas às companhias de
telefonia podem até ser negociadas por investimentos, como pretende o
governo, "mas é preciso garantir um mecanismo para que este dinheiro
financie melhorias não só nos centros urbanos e metropolitanos, mas
também em pontos que garantam ao menos a segurança da família". Ana
Amélia reconhece que o custo é alto para investir no interior, mas
observou que as empresas lucram muito nos grandes centros.
Ana Amélia elogiou a presidente Dilma Rousseff por determinar a
realização de estudos para averiguar a possibilidade de reduzir os
impostos incidentes sobre a energia elétrica.
No mesmo pronunciamento, a senadora disse que espera sensibilidade do
ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, na reunião marcada para a
próxima quarta-feira (13), destinada a discutir os problemas dos
suinocultores, causados principalmente pelas quedas nas exportações para
a Rússia e a Argentina. Os prejuízos do setor, segundo a parlamentar,
somam R$ 30 milhões nos últimos três meses.
Ana Amélia também ressaltou a aprovação, pelo Plenário, do Projeto de
Decreto Legislativo (PDS) 277/2012, de sua autoria, que torna sem
efeito as relações jurídicas constituídas pela Medida Provisória 552,
que vedou o aproveitamento de crédito presumido do PIS/Pasep e da Cofins
durante seis meses.
Ainda no mesmo discurso, a senadora enalteceu a votação das propostas
de emenda à Constituição (PECs) que extinguem ou limitam o voto secreto
dos parlamentares; e a abertura da Conferência Rio+20, que vai discutir
o crescimento sustentável com a dura tarefa de descobrir "como consumir
menos, economizando os recursos naturais, mantendo o crescimento
econômico e garantindo emprego e alimento a todas as pessoas, ao mesmo
tempo em que preserva o meio ambiente".