terça-feira, 8 de julho de 2014

BOLSA SOBE QUANDO DILMA CAI


Oscilações na corrida presidencial já devolveram ganhos de 26% às ações da Petrobras em meio à crise de Pasadena. (Por Rafael Vigna - Jornal do Comércio)

Desde o início do terceiro trimestre, o resultado das pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial de outubro deixou de ser apenas um indicador exclusivo dos estrategistas políticos para se tornar um aliado de investidores em busca de bons retornos no curto prazo. O movimento delineado a partir de março é bastante claro. Sempre que a presidente Dilma Rousseff (PT) oscila negativamente, ou os candidatos de oposição avançam, o principal índice acionário do País - o Ibovespa - reage com altas puxadas, principalmente, pelos papéis da Petrobras e da Eletrobras.

Depois de seis pesquisas, publicadas por dois dos maiores institutos do País, as altas acumuladas devolveram ganhos de 26,15% à PETR3, até o dia 9 de junho, data de divulgação da penúltima sondagem do Ibope. Na Eletrobras (ELET3) não é diferente. Com os abalos eleitorais, a companhia elétrica nacional já supera os 50% de alta na cotação dos papéis ordinários.

O panorama instituído desde março é ampliado por um estudo da consultoria Economatica. 


Foto: BOLSA SOBE QUANDO DILMA CAI
Oscilações na corrida presidencial já devolveram ganhos de 26% às ações da Petrobras em meio à crise de Pasadena. (Por Rafael Vigna - Jornal do Comércio)

Desde o início do terceiro trimestre, o resultado das pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial de outubro deixou de ser apenas um indicador exclusivo dos estrategistas políticos para se tornar um aliado de investidores em busca de bons retornos no curto prazo. O movimento delineado a partir de março é bastante claro. Sempre que a presidente Dilma Rousseff (PT) oscila negativamente, ou os candidatos de oposição avançam, o principal índice acionário do País - o Ibovespa - reage com altas puxadas, principalmente, pelos papéis da Petrobras e da Eletrobras.  

Depois de seis pesquisas, publicadas por dois dos maiores institutos do País, as altas acumuladas devolveram ganhos de 26,15% à PETR3, até o dia 9 de junho, data de divulgação da penúltima sondagem do Ibope. Na Eletrobras (ELET3) não é diferente. Com os abalos eleitorais, a companhia elétrica nacional já supera os 50% de alta na cotação dos papéis ordinários.

O panorama instituído desde março é ampliado por um estudo da consultoria Economatica. Com Dilma no comando, as duas estatais - Petrobras e Eletrobras - perderam juntas R$ 228 bilhões em valor de mercado. Somadas ao Banco do Brasil, que também sofre influências políticas, o tombo supera os R$ 496 bilhões - o equivalente a 52,8% do total estimado para as três companhias.

PADRÃO ESTATÍSTICO
Na composição desta fórmula, ainda pesa outro fator de correção. O estrategista político e diretor estadual da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP), Paulo Di Vicenzi, chama a atenção para um padrão no que se refere à aprovação dos governos.

Desde 1998, em 104 casos avaliados em eleições presidenciais e estaduais, nenhum dos candidatos de situação, que exibiram índices inferiores a 34% (atual patamar de aprovação da presidente), foram reeleitos. Por isso, Vicenzi identifica dificuldades para alterar o jogo de gangorra entre Dilma e a bolsa.  Isso porque quando não há reajuste dos combustíveis e a Petrobras fica obrigada a pagar mais caro pelo petróleo que será distribuído internamente e a Eletrobras repete o movimento com a energia, as duas empresas perdem valor de mercado de maneira acentuada.

“Hoje, qualquer pesquisa que mostrar queda de Dilma ou avaliação de popularidade baixa funciona como um sinal verde para os operadores. Isso porque os governos futuros terão de restabelecer essas duas empresas em patamares adequados ao mercado. O PT de Dilma sabe disso e, provavelmente, também o fará, mas não pode anunciar, sob pena de desmontar o seu discurso de combate à inflação. Se afrouxar na inflação, a eleição estará perdida”, avalia Paulo Di Vicenzi.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=165161



Com Dilma no comando, as duas estatais - Petrobras e Eletrobras - perderam juntas R$ 228 bilhões em valor de mercado. Somadas ao Banco do Brasil, que também sofre influências políticas, o tombo supera os R$ 496 bilhões - o equivalente a 52,8% do total estimado para as três companhias.

PADRÃO ESTATÍSTICO
Na composição desta fórmula, ainda pesa outro fator de correção. O estrategista político e diretor estadual da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP), Paulo Di Vicenzi, chama a atenção para um padrão no que se refere à aprovação dos governos.

Desde 1998, em 104 casos avaliados em eleições presidenciais e estaduais, nenhum dos candidatos de situação, que exibiram índices inferiores a 34% (atual patamar de aprovação da presidente), foram reeleitos. Por isso, Vicenzi identifica dificuldades para alterar o jogo de gangorra entre Dilma e a bolsa. Isso porque quando não há reajuste dos combustíveis e a Petrobras fica obrigada a pagar mais caro pelo petróleo que será distribuído internamente e a Eletrobras repete o movimento com a energia, as duas empresas perdem valor de mercado de maneira acentuada.

“Hoje, qualquer pesquisa que mostrar queda de Dilma ou avaliação de popularidade baixa funciona como um sinal verde para os operadores. Isso porque os governos futuros terão de restabelecer essas duas empresas em patamares adequados ao mercado. O PT de Dilma sabe disso e, provavelmente, também o fará, mas não pode anunciar, sob pena de desmontar o seu discurso de combate à inflação. Se afrouxar na inflação, a eleição estará perdida”, avalia Paulo Di Vicenzi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário