terça-feira, 8 de julho de 2014

ALTAS LEMBRAM ANOS 80 ?

A imagens a seguir registram momentos que a história por vezes não retrata. Falta de mercadorias, desconfiança do mercado e do governo. Várias moedas e governos diferentes revezaram-se neste período em que a economia parecia ter encontrado seu rumo.

03 de março de 1986: Em todo o país, milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações, ficando conhecidos como "fiscais do Sarney”. Uma vez denunciado, o estabelecimento era interditado pela SUNAB (Superintendência Nacional do Abastecimento). Na foto, centenas de pessoas comemoram a autuação do supermercado Jumbo Pompéia, em São Paulo, por aumentar os preços de diversos produtos. 
A última vez em que houve estouro do teto da meta e que o BC teve de publicar uma carta aberta foi em 2003, no primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a alta do IPCA foi de 9,3 por cento. Em maio, o IPCA havia subido 0,46 por cento na base mensal. A expectativa para junho em pesquisa da Reuters era de alta de 0,39 por cento e de 6,50 por cento em 12 meses, na mediana das projeções. 

11 de março de 1987 - Prateleiras vazias em supermercado da capital paulista. No decorrer de 1997 o Cruzado foi perdendo sua eficiência, com uma grave crise de abastecimento, a cobrança de ágio disseminada entre fornecedores e a volta da inflação.


Maílson da Nóbrega substituiu Bresser-Pereira no Ministério da Fazenda e, em janeiro de 1989, instituiu o Plano Verão, que criava uma nova moeda, o Cruzado Novo (NCz$), e promovia o congelamento de preços, além de extinguir a OTN, importante fator de correção monetária. O plano gerou desabastecimento e perdas nas cadernetas de poupança, que passaram de 20%. (Foto: NCz$ 500,00 - imagem de Augusto Ruschi/ Banco Central


31 de janeiro de 1989 - Consumidores observam prateleiras vazias em supermercado durante o pacote econômico do governo Sarney, o Plano Verão. O plano foi o terceiro a fracassar na tentativa de controlar a inflação.


Durante o período da crise de 2008 - a terceira enfrentada pelo real -, o governo brasileiro injetou estímulos na economia para incentivar o consumo no país. A partir desse momento, com a ajuda da estabilidade econômica surgiu a chamada “nova classe C”, grande responsável pelo Brasil ter passado "bem" pela crise.
Em 2009, esta foi a classe que mais se expandiu, ampliando sua participação para 49% da população brasileira, ante 45% no ano anterior, chegando a 92,85 milhões de pessoas no país.


Para controlar os efeitos das duas crises mundiais, o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, altera a política cambial e promove a desvalorização da moeda brasileira a fim de diminuir o déficit e controlar os valores das dívidas públicas. Pela primeira vez desde o início do Plano Real, o governo libera o câmbio e deixa o dólar flutuar. 
Na época, um novo acordo incluiu um socorro financeiro ao país de US$ 18 bilhões vindo do FMI, US$ 23,5 bilhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), BIRD (Banco Mundial) e BIS ("Bank for International Settlements"- Banco de Compensações Internacionais), num total de US$ 41,5 bilhões.


O Ministro da Fazenda desde 2006, Guido Mantega enfrenta, atualmente, desconfiança do mercado e do brasileiro. Nos cinco anos ao lado do ex-presidente Lula, o crescimento médio do Brasil foi de 4,5% ao ano. 
Nos três últimos anos, sob regência de Dilma, a taxa foi reduzida para 2%. 
As fotos e considerações acima constam na publicação de  Patrícia Duarte e Walter Brandimarte; Reportagem adicional de Felipe Pontes, da Reuters

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