sexta-feira, 31 de maio de 2013

Armazenamento Agrícola foi destaques em audiência pública



Os problemas de armazenamento agrícola, que se prolongam por mais de 13 anos, tendo em vista que o Brasil não tem capacidade de estocar toda a safra de grãos que produz, foram tratados na terça-feira, em Brasília, durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara. A audiência foi proposta pelo deputado federal Afonso Hamm (PP-RS).

Com a estimativa de produzir mais de 184 milhões de toneladas, o País só tem capacidade de armazenar 145 milhões de toneladas, ou seja, um déficit de quase 40 milhões de toneladas.
O assunto foi abordado pelo Superintendente de Armazenagem Substituto da CONAB, Lafaiete Fernandes de Oliveira; Gerente de Cadastro e Credenciamento de Armazéns da CONAB, Luiz Campos de Almeida; Secretário Executivo da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio do MAPA, Carlos Alberto Nunes Batista e diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Aluísio de Souza Sobreira.

Plano de Armazenagem

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Durante audiência foi informado que será lançado elo Governo Federal um Plano Nacional de Armazenagem que deve incentivar melhor o setor. Hamm destaca a importância que é preciso efetivar as políticas de médio e longo prazo e ampliar as condições de financiamento, equalizar juros e prazos. Atualmente, cerca de 76% dos armazéns cadastrados na CONAB estão impedidos de operar com o Governo Federal por diversos problemas como irregularidades tributárias, impostos devidos ao Governo, falhas técnicas nos silos, entre outros. “O Brasil já se estabeleceu como um dos principais fornecedores de alimentos do mundo e não pode ter setores importantíssimos como o de armazéns e logística “travados”. É necessário evoluir por que a demanda e a produção estão aumentando ano a ano”, sintetiza Hamm ao salientar sobre a importância de buscar isonomia de tratamento entre produtores pelo nível de faturamento.

O representante da Associação de Empresas Cerealistas, Roberto Queiroga, diz que outra solução para o entrave é o governo incentivar a construção de armazéns e silos particulares. "O agricultor tem que ter escolha para onde mandar o produto, se deseja vender na hora ou não. Se tiver só uma opção, ele está lascado, perde renda", afirma.

Afonso Hamm finaliza destacando sobre a necessidade de o governo financiar equipamentos e dar crédito para a construção civil dos armazéns e silos, porque é preciso incentivar esses locais de estocagem nas próprias fazendas.

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