segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

NO AUTOMÁTICO.

O texto de : Pedro Superti destaca uma lição de vida.

Lições de Marketing: O Quê Você Pode Aprender Com Este Pacote de Balas?
Deixa eu te contar uma história que acabou de acontecer.
Almoçando na PizzaHut do Aeroporto de Guarulhos (sim, só como em lugares saudáveis!), um homem relativamente BEM vestido, aparentando ter seus 27 anos se aproxima e pede "Com licença, você poderia comprar um almoço pra mim? Pode ser o mais barato".
Eu tenho tantos motivos para ser grato na vida, tanta coisa para agradecer, que olhei pra ele por uns 5 segundos e disse "Claro. Pode sentar aqui (mesa ao lado)", pisquei para a garçonete e ela tirou o pedido dele. Ele agradeceu bastante e se foi (pedido para levar).
Cerca de 10 minutos depois um rapaz de uns 17 anos, relativamente MAL vestido vem abordando as mesas, oferecendo chicletes à venda. Quando ele se aproximou da minha mesa, eu quase que no piloto automático disse "Não, obrigado". Ele se foi.
Depois de alguns segundos, caiu a ficha. Porque o primeiro só pediu e já recebeu? Porque o segundo, que não estava pedindo , mas trabalhando (oferecendo algo de valor - chiclete - em troca de algum possível dinheiro) recebeu um não automático?
Percebi que estava errado. Eu estava errado.
Levantei, corri atrás do rapaz e consegui alcançá-lo. Expliquei que queria comprar algo sim. Saquei uma nota de R$10, peguei um pacote de balas e disse que ele poderia ficar com o troco.
O olhar dele brilhou de uma forma, ele quer não acreditou. O semblante dele foi de muita surpresa, como se tivesse ganho um carro, uma casa. Inexplicável. Sério.
Ele então me disse que vendendo balas pois estava juntando dinheiro para comprar um tênis de final de ano, e apontou para o par velho e surrado que estava usando.
Minha garganta apertou. Minha voz engasgou.
Disse para ele que continuasse assim. Que se ele sempre corresse atrás do seu sonho, pagando o preço, teria muito mais do que um par de tênis nessa vida.
Demos adeus e partimos.
Por que eu estou compartilhando esse relato com você?
Enquanto eu sento para escrever esta história, vejo que tem algumas lições que podemos aprender:
1. O poder de uma história.
Se ele tivesse falado do tênis primeiro, se apresentado assim, acho que iria vender MUITO mais. Quantos vezes nós dizemos o motivo real pelo que estamos fazendo as coisas, quando precisamos de alguém faça algo por nós? Se eles comprarem nossa missão, fica muito mais fácil de nos ajudarem.
2. Nosso cérebro perigoso.
Nosso cérebro adora pregar peças na gente. Por que eu disse sim para um não para o outro, de forma quase automática? Muitas vezes nossa primeira reação não é a melhor reação.
3. A importância sair do piloto automático.
Como é importante estamos presentes no que estamos fazendo. Sempre. Ao conversar com alguém. Ao dirigir. Ao tomar uma decisão. Se esta fazendo algo, faça bem feito e de forma consciente, não pode ser no piloto automático.
4. Recompense o trabalho, não o pedido.
Muitas pessoas acreditam que a vida, o universo, os céus, o governos tem OBRIGAÇÃO de nos dar as coisas. Isso não existe. Quem faz por merecer, quem paga o preço, quem corre atrás, esse sim merece os frutos do trabalho. Recompense, estimule, incentive quem está tentando fazer a coisa certa (mesmo que seja a mais difícil). Todos ganham assim.
Segue a foto do resultado desse meu encontro com esse rapaz.







Mas sabe ele que eu sai ganhando MUITO mais de nosso pequeno contato do que ele.
E você? Identificou alguma lição nessa história que eu não tenha visto? Me conte nos comentários, por favor.

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